Clima, Tempo, Eventos Temporais?

Buenas gauchada! Passamos muitos dias desde nosso último encontro, viagens de trabalho, dia do gaúcho, aulas na faculdade, palestras bem sucedidas, enfim uma gama de informações e experiências, mas nada desses acontecidos me faz empobrecer meu pedido de desculpas aos caros leitores por toda essa ausência por aqui. Tratávamos dos desafios da nossa agricultura, e hoje vamos pincelar sobre o clima, tempo e suas relações com o meio.

Inicialmente é importante diferenciarmos clima e tempo. A diferença básica entre esses dois conceitos é a escala temporal, onde o clima é verificado por um longo período em uma determinada região, normalmente um estudo climático é realizado em décadas (mais de 30 anos). Exemplo temos, clima tropical, subtropical e outros.

Já o tempo é representado pelo estado atmosférico momentâneo de um determinado local em um determinado momento. O tempo está sujeito a variações em poucas horas, como exemplo de definições de tempo temos; frio, quente, seco, úmido e por aí vai.

Diferenciado os termos, voltamos ao clima, como ele afeta nossa agricultura a ponto de ser um desafio ao agricultor? De várias maneiras possíveis, influenciando desde a escolha da cultivar, época de semeadura/plantio, manejos no desenvolvimento da cultura vegetal e na colheita no campo.

O clima predominante no Rio Grande do Sul é subtropical, que se caracteriza por ter as estações do ano bem diferenciadas, com grandes variações de temperatura (de geadas a temperaturas superiores a 40°C), e em tese chuvas bem distribuídas. Com isso temos de obedecer ao chamado zoneamento agrícola, cujo a finalidade é determinar um calendário de semeadura para cada região, onde as fases em que as culturas mais exigem dos recursos naturais (seja água, luz ou temperatura), o chamado momento crítico de cada cultura, não coincidem com o período de adversidades climáticas.

Assim podemos perceber o quanto todos esses conceitos de clima e tempo estão interligados, e por fim as estiagens dos últimos anos bem como as chuvas em grande quantidade das últimas semanas, são o que chamamos de eventos temporais (La Niña e El Niño), o qual conversaremos em uma outra oportunidade. E como outras ferramentas para mitigarmos esses desafios frente a ações do nosso clima e tempo, temos uma grande variedade de cultivares no mercado. Ter atenção e seguir orientações de órgãos e um engenheiro agrônomo é sempre fundamental para estar melhor preparado.

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Éder Neimar Plautz

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Proprietário e responsável técnico +AGRO Serviços Agronômicos

Perito Judicial em Atividade TJ- RS

Pós Graduando em Educação Ambiental pela UFSM

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